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Arquivo mensal: fevereiro 2013

Devemos encarar a dicotomia entre crença e ceticismo como dilema ?

A discussão acima foi motivada e provocada em um grupo de discussões filosóficas na Web. Uma experiência até aqui muito legal !

Resolvi compartilhar no blog uma contribuição que deixei no grupo ainda que o assunto nunca se esgote mas como diria meu amigo Jean Bartoli , estamos filosofando !

Segue :

Crença = algo em que acreditamos por fé religiosa ou por convicção íntima.
Crer está diretamente ligado ao ato de dar crétido ou acreditar. Tem um aval com ou sem reserva . Com ou sem penhora .
Não “creio” que há uma semelhança ou correlação garantida entre crer e conhecer.
Conhecer , ter o conhecimento implica em ter informações multimidia ou muito sensoriais processadas e resignificadas para se tornarem o conhecimento e este é dinâmico portanto , ainda que sobre paradigmas mutáveis , muda a cada momento que por efeito de algum compartilhar deste resignificamos mais uma vez. Daí o Dogma é um perigo pois congela ou cristaliza um paradigma e portanto pode se tornar em crença dado que não mais sustentado pelo conhecimento.
A fé começa onde a razão termina ( kierkgaard)

Mas a fé tem uma belíssima definição cuja origem vem do conhecimento judaíco cristão e está na epístola aos Hebreus cap 11 e verso 1 : A fé é a certeza das coisas que se esperam , a convicção das coisas que se não vêem. ( note a ausencia de uma percepção sensorial humana : não ver ! )
Portanto de forma mais laica poderíamos lembrar que a crença é algo que se torna uma verdade , uma convicção , uma ética , quando nos grupos sociais a partir de valores dizemos que nossa crença é de que o homem é bom por natureza, por exemplo .Nossa crença é de que o ser humano é importante para o desenvolvimento da organização , etc e tal.
Não é só o acreditar porque adquiri ou me aproriei de uma informação ou conhecimento , como de certa forma seria a própria forma racionalista e humanista . está provado cientificamente ? estão acredito. E para estar provado cientificamente tem que estar suportado por experimentos repetidos com o mesmo resultado e com base estatística mínimamente suficiente ? Daí o ceticismo encontra campo justamente nos conhecimentos que se desenvolvem a partir de observações e estudos empíricos .
Por isso de um lado aminetalistas catastrofistas pregando o aquecimento global a partir de ação direta do homem economico e de outro os céticos que não encontram comprovação científica suficiente.
Crente deveria ter como antonimo o não crente . No ambito religioso talvez o ateu ( ainda que ateísmo seja uma crença !!!)
O crédulo ou que acredita fácil , sem malícia é o sentido de antonimo para o cético . Porque o ceticismo como atitude ou maneira de ver as coisas no fundo não aceita que em algum tema ou algum momento o ser humano seja capaz de chegar ao conhecimento total e absoluto sobre o que quer que seja.
Sou crente ou convicto em uma enorme quantidade de coisas que conheço e experimento e sou cético sobre tantas outras que não recomendo a ninguem ser ou um ou outro !!
Quanto ao conhecimento : fujam do conhecimento convencional ( no sentido de Adam Smith em A riqueza das nações).
Abraços
Marcos

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1 comentário

Publicado por em 21/02/2013 em Filosofia, Geral

 

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Sustentabilidade – Uma mesa redonda no Instituto de Marketing Industrial – Usina de pensamento

Sustentabilidade mesa redonda 2007

Foi em 2007 e a discussão sobre sustentabilidade, o tripé já comentado anteriormente de ver a sustentabilidade como três bases de equilíbrio sendo o econômico, o social e o ambiental que em seguida gerou o tema no Fórum de Marketing Industrial (se não em engano no Fórum o tema foi desenvolvido por Vicky Bloch).

Entre os participantes da mesa redonda uma menção é indispensável, de saudosa memória e digna de todas as nossas considerações: Artur Hipólito de Moura. Grande colega do IMI, um ser pensante da primeira grandeza. Saudades!

O anexo é um exemplo real de Notas Livres na essência da proposta original. Não contem grandes mudanças do que foi anotado durante o debate do dia, portanto apesar de citar onde estava a palavra não julgue o autor das mesmas como a pessoa citada mas como a interação entre o anotador ( este que você escreve ) e o participante do debate no dia. Nas indicações de sinais pode haver a conclusão ou ponto de observação do escriba sem qualquer pretensão de alterar ou julgar o pensamento do debatedor no dia.

Se gerar dúvidas espero que levem à reflexão. Se gerar concordâncias espero que algumas possam gerar comentários compartilhados. Se houver perguntas, farei o possível para responder e para todos os efeitos as Notas Livres tenta resgatar e compartilhar momentos muito ricos de conhecimento compartilhado, logo exercício de evolução deliberada que é uma das nossas estrelas da constelação de valor.

Bom proveito!!

Marcos C Ribeiro

14.02.13

 
 

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