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Arquivo mensal: agosto 2013

“Qual o futuro do Marketing no Brasil e no Mundo ?”

Esta foi a pergunta que fui solicitado a responder por um amigo cursando MBA em Marketing Empresarial .
Compartilho com vocês a resposta sem nenhuma pretenção de exaurir o assunto dado que a pergunta deve compor uma pesquisa para suporte do TCC do MBA certamente.

Mas acho que sempre é tempo para esta reflexão muito oportuna , provocada pelo professor da área .

Primeiro não gosto e nem concordo muito com o nome Marketing Empresarial , pois fica difícil entender se a intenção é simplesmente didática ou até proposta comercial para o MBA , daí conhecer a grade curricular é o que mais importa. ( Marketing de Empresa , ou Marketing no Empreendimento , ou ainda Marketing no empreendedorismo ).
Em qualquer dos casos hoje o Marketing apresenta de forma já consagrada algumas especialidades tais como :
Marketing de Consumo ( de longe o mais tradicional e no Brasil arraigado desde o final da década de 50 )
Marketing Industrial (hoje também conhecido como MKT B2B) e este focado no Marketing entre empresas , ou entre CNPJs , ou entre empreendimentos !!!? Será que seria o seu caso ?
Marketing Direto como especialidade do marketing de consumo no que hoje pode até se confundir com e-commerce e e-business .
Outros com certeza .

Por isso nas academias mais tradicionais ainda se vê Marketing até pós graduação como uma cadeira de especialização de administração ou se como opção de curso superior sempre pautado no MKT de Consumo e as vezes uma pincelada no Marketing Industrial.

Vamos a pergunta :

Minha resposta é : O futuro do Marketing no Brasil ( sempre mias tarde do que no mundo e sempre com uma defasagem média de 10 a 15 anos pelo menos ) é de que o Marketing não seja uma matéria ou uma cadeira mas um conjunto de conhecimento que se mistura com modelos ótimos de gestão e portanto permeia os processos críticos da empresa sempre NO FOCO DO CLIENTE , para prosperidade do Cliente e portanto geração de riqueza e valor para a empresa , para o cliente e para a sociedade no seu entorno. Nesta tendência o Valor tem mais importância do que a escala ou quantidade e tudo está baseado no relacionamento significativo e duradouro entre as pessoas que representam as partes ( portanto empresa / empresa ; pessoa /pessoa; venda/consumidor). Neste cenário a percepção de valor do produto e ou serviço é mais importante do que o preço, da marca e da moda. Os conceitos de Mkt de Consumo e MKT Industrial ficam a cada período mais próximos e mais sinérgicos e o que pode mudar é o tamanho da base de dados e as ferramentas que se utilizam . Mas o velho conceito PPP cai por terra porque hoje o ponto é virtual , o produto é serviço e o preço é percepção de valor.
Recomendo muito a leitura e pesquisa na seguinte bibliografia :
No Foco do Cliente – José Carlos de Teixeira Moreira
Capital do Valor – edição HSM do mesmo JCTM
Marketing 3.0 de Kotler editora Elsevier

Posto isso , agora é a vez de vocês comentarem !!!
Abraços

Marcos

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Modelo Anglo Saxônico Pragmático Ortodoxo

Este é o nome que encontrei como o mais apropriado para denominar o modelo de gestão de pessoas que ainda impera na maioria das empresas no ocidente americano e como sempre bastante copiado aqui no Brasil.
Me surpreendeu o caderno especial do Jornal O Valor em agosto de 2013,  dedicando o espaço grande e significativo para este tema. O tema já voltou varias vezes desde então , e no mesmo tom !

O modelo consiste basicamente em um grupo de três mandamentos clássicos : “Make your numbers” ; “No Escuses”;” No Surprises” !  Sua grande motivação é o sistema financeiro global puxando os valores de ações em Bolsas de valores para resultados crescentes a cada trimestre e estabilidade de resultados a despeito de variáveis e dinâmicas de ambientes externos à empresa e mesmo aos negócios ! Acaba-se caindo no resultado financeiro a qualquer custo e por qualquer meio seja para meritocracias exageradas , seja para mera sobrevivência do executivo desde o nível “C” até o auxiliar de produção !
O modelo Europeu tem suas diferenças mas nem tanto. O modelo Francês carrega um viés socializante que amarra o país com seus encargos e suas regras que fazem o impasse da dedicação e comprometimento versus a quase estabilidade garantida pela legislação . A Espanha é terrível mas hoje carrega novamente níveis de desemprego do século passado quando ainda não estava inserida na comunidade.
O Brasil viveu até 2013 o pleno emprego teórico e apagão de mão de obra que muitos ainda tentam negar , seja pela taxa de desemprego seja pela falta de qualificação decrescente e anacrônica. Hoje não podemos mais dizer que existe o pleno emprego, mas é certo que os melhores colaboradores de cada empresa permanece trabalhando e a oferta maior não implica em melhoria de qualidade de pessoas no que tange a competências, experiências e habilidades.
A visão de processo BPMs da vida etc… implica em um bom equilíbrio entre materiais ( informação no caso é material na área de serviços ) , equipamentos ( aqui a qualidade , capabilidade , produtividade intrínseca e fundamentalmente a manutenção da capacidade e da capabilidade sempre negligenciada ! ) e por fim o Ser Humano . As pessoas ! Talentos que queremos encontrar, atrair e depois reter . Talentos no sentido de um nome melhor que recurso ou capital. Talento como seres humanos normais e dentro da normalidade. Não precisa ser ponto fora da curva.
Bem , este é o primeiro post de uma série que pretendo aprofundar .  Bom proveito !
Marcos

PS: Revisto e atualizado da versão de 2013

 

 

 

 
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Publicado por em 05/08/2013 em Administração

 

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