A ECT do alto de seu poder estatal , reforçado pelo governo atual já fechou algumas empresas de entregas rápidas e ou de segurança. Incluisve a empresa do Eike Batista que atuava no RJ principalmente. Sempre existe algum juiz de primeira instancia a serviços do Correio !
Até há alguns anos atrás a ECT gerava lucros e contribuia diretamente com recursos ao Tesouro. De uns anos apra cá perdeu parte de sua produtividade como reflexo de modelo de gestão que se apoia e sobrevive de um pretenso monopólio , que sim é verdadeiro para correspondências, mas em cuja pretenção , a revelia da lei que define o que a ECT pode fazer segue com seus tentáculos tentando abraçar mercados da iniciativa privada , mais bem gerida e mais produtiva , logo mais competitiva.
Sedex concorre com carga fracioanda e caminhões da ECT até mundaça residencial já fazem.
O Correio Híbrido que felizmente não saiu de um edital no mínimo suspeito ainda opera em plantas piloto de Curitiba e Belém do Pará como um fantasma a espreita do primeiro vacilo da Industria Gráfica que opera impressão digital e distribuida , há décadas.
Agencias dos Correios são filiais de Bancos .
Suas lojas franqueadas finalmente terminaram de rever os contratos em luta que perdurou mais de 10 anos e certamente com rendimentos decrescentes para os franqueados , é lógico. De fato o que a ECT gostatria de ter feito era concelar os contratos e tomar posse das lojas mais rentáveis.
Empresa estatal só pode fazer o que está previsto na lei que a criou e a lei postal brasileira á antiga e prevê correspondências pessoais e comerciais . Não especifica transporte de valores ou documentos críticos. Por isso as UPS , DHL etc… tem o direito de fazer este tipo de entrega.
Mas pegar o caso do DHL na entrega especial de passaportes com vistos para entrada nos Estados Unidos é mesmo muita arrogância da ECT. Diria uma provocação gratuita.
A Lei postal que nos idos de 2001/2 um certo Pimenta da veiga tentou passar no congresso felizmente foi arquivada . A CPI dos correios apareceu na esteira das intenções corporativistas. Por esta lei até entrega de pizza delivery seria monopólio da estatal !
No caso da EBX no RJ , depois da liminar o desembargador não somente cassou a liminar mas tambem recomendou ao Sr meretíssimo Juiz de 1a instância Federal que fosse se atualizar nas leis depois da CF de 1988.
Creio que o caso atual com nossos passaportes merece a mesma recomendação.
Ah! Não conte com a imprensa para ir fundo nesta questão porque a ECT é de fato uma das maiores empresas de governo na contratação de propaganda e publicidade nas mídia impressa deste país !
Marcos C Ribeiro
Arquivo mensal: outubro 2012
Correios e seu monopólio!
Porque de um período de silêncio ?
Não acredito que muitos tenham sentido falta de novos posts, mas fica sempre a sensação de dever alguma coisa. Senõa por outro motivo , pelo fato de ter começado a publicar um blog e pensar que a sua manutenção depende de publicação constante de novos conteúdos.
Me desculpem os que genuinamente pensaram que a não postagem de novos era algo que faltava na vida de de alguem !
Mas meus 100 dias de Santal de certa forma consumiram energias que seriam divididas com o Blog. Sorry !
Ocorreu agora e certamente vai ocorrer novamente.
Mas certamente a manutenção da oportunidade de expressão de pensamentos e de compartilhar de conhecimentos vai continuar se depender exclusivamente de minha vontade e saúde ! Assim seja e bom proveito!
Abraços
Marcos
O verdadeiro desafio da Industria no Brasil II
O verdadeiro desafio da Indústria no Brasil II
Muito se fala em desindustrialização e como grande argumento deste fenômeno utiliza-se da leitura de crescimento do PIB subdividido entre Industrial, Agricultura e Serviços. Primeira grande falha da análise.
A participação relativa da Indústria no PIB mundial tem caído na medida em que crescem mais do que a indústria os segmentos de serviços e agricultura.
A tendência de maior crescimento nos setores de serviços e agricultura, desde o final dos anos 80 já é uma realidade em todo o mundo ocidental e a única exceção foi a Ásia que recebeu a indústria de manufatura exportada dos Estados Unidos em busca de custos de mão de obra mais baixos.
Por outro lado o crescimento de serviços e da agricultura é um fato incontestável e não demérito da gestão da economia mas consequência natural dos limites de produtividade da indústria de transformação frente ao aumento significativo dos custos de mão de obra aliados aos crescentes esforços de ganho de escala de produção da consolidação das industrias mais importantes através dos também crescentes eventos de M&A.
Este tema tem me incomodado sobremaneira porque as discussões sobre o mesmo na mídia tem mantido um viés do conhecimento convencional que não entendo a quem possa interessar.
Tudo bem, com as reduções de IPI sobre automotivos entendo, um pouco da importância dos lobbies de um segmento industrial.
Quando olho o Brasil praticamente no pleno emprego, com taxas de desemprego abaixo de 6%%, penso:
1.como pode, se o CNI publica utilização de capacidade de produção ainda acima de 75 % o que por si só é uma aberração quando a indústria total brasileira para tal índice trabalharia mais de 2 turnos o que na média não é verdade ?
2. Como pode , se o BC abaixa a taxa de juros mas o investimento na produção não vem mas somente mais endividamento da população via consumo ?
3. Como pode se o PIB cresce em 2012 semente algo ao redor de 1,8 % e se projeta para 2013 algo como 4 % ?
Pode com inflação , com maior endividamento do governo que não se importa mais com o equilíbrio fiscal , com um PAC atrás do outro que só existe no papel e na prática sabemos que só temos atrasos e falta de investimentos de fato . Pode com uma população aposentada endividada, uma parcela razoável da MOD na indústria com mais de 40% do seu salário atrelado a pagamento de dívidas contraídas com promessas de benesses de governo,.
Pode também quando sabemos que o BC está perdendo sua autonomia tão difícil de conquistar nos últimos 20 anos para dar vazão a uma fantasia orquestrada por um ministério da fazenda que especula tanto quanto os ideólogos do partido da posição.
Pode também, e infelizmente, quando as vozes do empresariado brasileiro, a começar da FIESP, altar da indústria Paulista e Brasileira conseguem manter o mesmo discurso anacrônico de décadas a despeito de todas as mudanças pelas quais a Nação já passou.
Não existe uma desindustrialização no Brasil diferente do que existe no mundo ocidental há mais de 30 anos.
Não existe um cenário mais favorável do que o atual para crescimento maior relativo do agronegócio no seguimento do que já se verifica há mais de 2 décadas n setor de serviços.
Aliás, cabe lembrar que a medição do PIB como setor de serviços mais reconhecido tem menos de 15 anos.
Cabe também salientar que na cadeia de valor do agronegócio além da medição de seu PIB pela produção de alimentos e produtos agrícolas primários e secundários devemos medir a indústria que beneficia a produção agrícola o que deveria ser levado em conta no PIB industrial medido hoje!
Ou seja, vamos tentar ao menos questionar o conhecimento convencional multiplicado pela mídia, alguns gurus e pela academia , inclusive e infelizmente, para que a verdadeira opinião pública possa prevalecer e ser de fato representativa do que seja a definição da mesma . Ou seja, a opinião de cidadãos brasileiros genuinamente interessados, minimamente estudiosos e analistas dos fatos relatados e com opinião que representa o livre exercício de análise de ados e fatos conforme uma imprensa livre os publique. Mas que não sejam meros papagaios de analistas superficiais que preenchem infelizmente as páginas de nossos periódicos.
Aqui uma homenagem e um reconhecimento aos analistas isentos, independentes e sem medo de opinar que ainda subsistem apesar da pressão do sistema autocrático e inquisidor do partido governista atuais.
Boa sorte aos brasileiros que podem e devem construir a verdadeira opinião pública.
O desafio dos 100 dias .
O desafio dos 100 dias.
Criou-se uma expectativa generalizada de o que deve ser feito ou foi feito nos primeiros 100 dias de um governo ou nos primeiros 100 dias de uma gestão.
De onde vem isso? Da guerra dos 100 dias, marcante vitória israelense sobre árabes ainda na década de 60?
Segundo José de Souza ( em opinião de abril de 2011) a guerra dos 100 dias assim se explica : Rege a lenda política que se nos primeiros cem dias de governo não houver mudança dificilmente acontecerá, ou ainda, que esse período busca retratar todo o rosto de um mandato político.
Existe uma menção clara de 100 dias de governo para Napoleão Bonaparte ao regressar do exílio na ilha de Elba e assumindo o governo da França com um exército aliado que depois foi derrotado pelos Ingleses na famosa batalha de Waterloo. Teria o seu novo governo durado 100 dias.
Sem qualquer pretensão de fazer ironias os 100 dias de um executivo em geral contam exatamente 10 dias depois do período legal de experiência cujos termos são bem explicados na CLT.
Ocorre que, salvo para um político eleito, de quem se espera que o conhecimento e diagnóstico de situação, ao menos da parcela da sociedade que pretende representar ou governar no executivo, seja uma premissa. Isto é , mudanças de governo nos primeiras 100 dias não são mais do que obrigação porque o candidato ao cargo executivo , político profissional por excelência teve ao menos 180 dias de estudo , diagnóstico e até de plano de ação , tático e estratégico para seus primeiros dias . Oxalá Haddad pense assim….
Já para o executivo, os 100 dias incluem a necessidade, obrigatoriedade, responsabilidade de um diagnóstico o mais completo e mais correto possível e as primeiras decisões, ações efetivas, implementações e mais ainda direcionamento básico tático estratégico, além do não menos importante, iniciar um processo de comunicação ampla e irrestrita que possa criar o início de uma confiança que foi depositada de início pelos stockholders mas que precisa ser ampliada para os stakeholders mais próximos ,o que sem dúvida incluem os fornecedores e clientes, mas em primeira, mão deve considerar os seus colaboradores , em geral , estes pré-existentes na organização.
Ou seja , não me parece muito equânime e justo comparar 100 dias de governo entre um eleito para função executiva de governo e um contratado para exercício de função gerencial de alto nível em qualquer tipo de organização privada. Isto é , a questão da expectativa e do julgamento ou avaliação de 100 dias do executivo não deveria levar nenhum comparativo ou premissa de base semelhante ao julgamento dos eleitores e imprensa de um governante recém eleito para cargos executivos , quais quer que sejam . Para eles é necessário maior detalhe , precisão e rigor dado que as condições são desiguais.
Por outro lado o que se verifica? Que executivos profissionais são muito mais efetivos, precisos e ágeis no diagnóstico , decisão e ação reparadora do que os políticos . Isso tem uma base, de viés político, em vários países inclusive o Brasil. Não se elege para prefeito, governador e presidente um bom gerente, um bom administrador ( como defende nosso professor Stephan Kanitz ) . Elegemos políticos cujos compromissos ideológicos e fisiológicos são maiores do que qualquer pretensão de ampliar o bem comum e de pragmaticamente devolver aos eleitores melhorias reais em sua infraestrutura de vida, em sua qualidade de vida e em sua possibilidade de em liberdade de ser, desenvolver seu papel na sociedade enquanto trabalhador e stakeholder de tudo o que existe e por ele existe!!!
Completei 100 dias de executivo na Santal dia 21 de setembro e acredito que o relatório foi satisfatório para todos os genuinamente interessados no sucesso do projeto Santal na amplitude da AGCO. Serei minimamente rígido e rigoroso com o Haddad agora que é a vez dele na cidade onde nasci !
Até a próxima eleição !
Marcos C Ribeiro