EntrevistaMarcosRibeiro-dez2004
A entrevista do anexo foi feita para a Revista da ABTG , Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica no final de um ano muito especial para mim e para a empresa onde eu trabalhava.
A entrevista me foi resgatada por Viviane Pereira que na época era jornalista e atuava na ABTG e que hoje é minha cliente . Foi uma feliz sincronicidade .
Mas a motivação de compartilhar o texto da entrevista agora , com vocês que me acompanham, pleno final de 2016, é por conta de dois fatores muito importantes.
O primeiro é que vivo o Marketing Industrial no Brasil , e tento acompanhar um pouco dos progressos no hemisfério norte, nestes quase 20 anos desde que fui apresentado ao Instituto de Marketing Industrial em 1996. Os resultados das aplicações e experimentos com os conceitos do Marketing Industrial na Moore e depois RRDonnelley Moore foram simplesmente fora do comum e do convencional.
Particularmente na entrevista abordando o momento de fusão entre a RRD e a Moore num esforço fantástico de um time fantástico que virou o jogo em menos de 9 meses. Só para se ter uma ideia a RRD no Brasil vinha com Cash Flow negativo e a fusão foi aprovada para execução a partir de Abril de 2004 . Em julho de 2004 o Cash flow já era positivo , e o EBIT passou a positivo no 4o trimestre.
Porem não houve destruição de valor mas seleção de clientes , não houve insatisfação de clientes leais mas valor percebido crescente para relações significativas e duradouras , suportadas por conduta ética exemplar. O lucro no final foi admirado e merecido . As duas , Moore e RRD , em uma nova RRD Moore era e permaneceu Empresa Válida .
Neste período a Abraform já vivia com o fantasma da chegada da Nota Fiscal Eletrônica , mas era uma Associação onde os modelo de gestão e programas fez com que houvesse conhecimento compartilhado sempre , promotor indiscutível de evolução deliberada para todos os concorrentes , em ambiente de cooperação e concorrência cada dia mais leal. Marketing Industrial foi tema de nosso congresso anual , Formstech .
A Abraform , com base em todos os conceitos já citados também trouxe à discussão o futuro do setor e propôs revisão estratégica para todos os associados. Quem teve ouvidos para ouvir , ouviu .
Por outro lado em pleno 2016 , acompanhando o mercado gráfico, lendo matérias e análises de colegas do setor , me entristece sobremaneira ver que as inovações de modelo de pensamento e gestão setorial da Abraform ficaram perdidos e o cenário e contexto que na entrevista estava claro , infelizmente ainda permanece o mesmo. A comoditização do mercado é crescente , excesso de capacidade e decisão com base em preços , o Foco do Cliente relegado ao 3o plano e assim por diante.
Acorde Industria Gráfica. O Marketing Industrial existe também para você! Acordem executivos e empresários da Industria Gráfica. O Marketing Industrial bem estudado e aplicado pode ser a melhor alternativa para vocês !
Às vezes falamos que “parece que foi ontem ! Alguns anacronismos de nossa industria reforça este sentimento ! Parece que foi ontem mas ainda é hoje e assim o querem manter para o amanhã .
O final da história vem se repetindo a cada caso de gráficas conhecidas que fecham ou sobrevivem à míngua.
Acordem !
Marcos C Ribeiro
katiacgadelha
30/11/2015 at 18:59
Marcos boa tarde,
Tive a grata oportunidade de construir a base da minha carreira profissional na Moore Brasil, posterior RRD Moore e atual R R Donnelley (nome comercial) de 2000 a 2012, e estive sob sua gestão, e me permita parabenizá-lo, foi sensacional!
Pude acompanhar este histórico, toda pressão da fusão, o choque de culturas e a forma com que toda equipe comercial ( na ocasião eu atuava na filial ABC) absorveu este processo.
Sinto hoje profundo pesar quando recebo feedback sobre como estão nossos colegas e o mercado gráfico que tanto aprendi a admirar.
Tenho esperanças de que os os grandes players deste mercado possam resgatar o espirito resiliente, positivo e vencedor que sempre presenciamos e comemoramos em nossos eventos!!!
Forte abraço
Katia Gadelha